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10 de setembro de 2014

A TRAGÉDIA DE UM CORVO


A resenha de hoje é sobre o filme 
"O Corvo". 
Texto escrito pela parceira
Mariane Camargo, 
que influenciou e colaborou para a criação deste blog. 



“Se as pessoas que amamos são tiradas de nós… O jeito de mantê-las vivas é continuar amando-as. Os prédios queimam, as pessoas morrem… Mas o amor verdadeiro, é pra sempre.”

O mórbido sempre chama atenção do público. Seja lá qual for a adversidade ou fato dramático envolvido com uma história, acaba se tornando chamariz, e em muitos casos, uma obra não tão boa tem um sucesso estrondoso por conta dessa “propaganda”.  Mas esse não é o caso de O Corvo (The Crow, 1994), que apesar de ter uma trágica história envolvida, é um excelente filme.

O enredo é uma adaptação da história em quadrinhos homônima, criada por James O'Barr e traz  a história de Eric Draven (Brandon Lee), um músico que volta a vida após ser assassinado, juntamente de sua noiva Shelly (Sofia Shinas), na “Noite dos Demônios”, véspera de halloween e também do matrimonio do casal, para se vingar. Esse poderia ser mais um filme dentre tantos outros inspirados em gibis, porém, durante as filmagens, Brandon foi vítima de um acidente fatal. Em uma das cenas de confronto, o interprete de Eric levou um tiro, que atravessou seu abdômen, que culminou em sua morte.

Existe uma grande polêmica envolvendo este fato, considerado por muitos um mistério até hoje: a utilização de balas verdadeiras nas gravações. De fato, foi usada munição comum para trazer mais realidade a uma cena onde a arma era carregada, mas logo após o armamento foi limpo, para dar continuidade as filmagens. Entretanto, um dos projéteis ficou preso no cano do revolver, assim ocasionando o desastre.

Mesmo com incidente que provocou a morte de Brandon,  o estúdio, com o consentimento da família, optou por concluir as filmagens, utilizando dublês e recursos que colocaram o rosto de Lee nas cenas onde ele foi substituído. A sequencia desastrosa foi incluída na edição final do filme, mas para evitar algum desconforto, não foi divulgada ao público na época qual seria. 

Existem controvérsias a respeito desse assunto. Alguns sites trazem a informação de que o acidente teria acontecido durante a gravação da cena “flashback” da morte de Eric e Shelly; outros dão a informação de que o ocorrido se deu no confronto entre Eric e Funboy (Michael Massee). É possível encontrar no Youtube uma entrevista, aonde Massee afirma que acidentalmente acertou Brandon na filmagem.
O filme traz uma  trilha sonora agradável (principalmente para os fãs de rock), que condiz com o clima obscuro do roteiro. É possível encontrar músicas de bandas conhecidas como Pantera, Jesus and Mary Chain, The cure, Rage Against the Machine, entre outras.

Foram lançadas sequencias, mas essas não tiveram o mesmo sucesso do original. Até hoje o filme é cultuado pelos fãs de Brandon e de seu pai, Bruce Lee. Realmente o infortúnio trouxe mais público, mas não é justo dizer que só foi isso que deu sucesso ao filme. As locações, personagens principais e secundários, e o enredo em si prende o telespectador. Mesmo se tratando da história de um justiceiro, é possível se emocionar (experiência própria), principalmente nas sequencias onde a amiga/protegida do casal principal, Sarah (Rochelle Davis), está presente. Seja pra ver sozinho ou acompanhado, vale a pena reservar um tempo no seu dia para apreciar essa bela e misteriosa obra!

Assista ao Trailer:




Texto de Mariane Camargo

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